Artes

A história do Baobá Mostra como os negros sempre foram mal tratados e escravizados, isso vem de muito tempo, existe uma pintura de Edouard Manet de 1863 na qual podemos observar a escravidão e a servidão dos negros.


Edouard Manet. Olympia, 1863. Óleo sobre tela

As obras de Édouard Manet (1832-1883) geravam sempre muita polêmica, pois não seguiam as regras da academia – preferia, por exemplo, a perspectiva natural ao ponto de fuga único. Assim como Courbet, incluía em seus quadros representações de pessoas do povo, como em Olympia, cuja personagem principal é uma prostituta que faz uma pose semelhante à uma vênus de Ticiano. Foi influenciado pelas teorias e ideias do poeta Charles Baudelaire, que o incentivava a ser “um pintor da vida moderna”.


Dessa forma, a diversidade cultural afro-brasileira e africana o belo é o sagrado. Até as folhas são essenciais e sagradas, no caso do Baobá, representa nossos antepassados e é um dos símbolos religiosos mais importantes para as tradicionais formas culturais e religiosas de algumas comunidades africanas e que foram trazidas para o Brasil durante a diáspora.
Partindo desse princípio, a escola brasileira deve superar e desfazer qualquer tipo de pensamento racista, discriminatório e preconceituoso com os africanos. Cabe a escola incluir em sua prática pedagógica projetos que contribuam para desnaturalizar a percepção preconceituosa acerca dos povos africanos.
É nesse sentido que foi desenvolvido o projeto de intervenção pedagógica na escola Instituto Educacional João de Deus que está localizado no bairro da Mangueira na cidade do Recife. Colégio de pequeno porte, da rede particular de ensino, atendendo a estudantes da classe média sempre desenvolve ao longo do ano letivo, de forma interdisciplinar, um trabalho que procurar atender as diretrizes curriculares para as relações étnico-raciais na escola, fazendo perceber que as tradições culturais africanas e afro-brasileiras devem ser respeitadas, combatendo o preconceito e o racismo que existe em nossa sociedade. Deixando a culminância dessas prática pedagógica para a semana da consciência negra com o projeto Expo Negro havendo apresentações sobre a temática não folclorizando as tradições culturais e religiosas africanas e afro-brasileiras.
Nessa perspectiva, foi construído juntamente com os estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental um trabalho focado no Baobá o qual ficou intitulado "Baobá, vamos cultivar essa semente". O Baobá foi escolhido por sua imponência, sua grandiosidade e longevidade, por ser uma árvore que tem um valor cultural e religioso incontestável dentro das cosmologia africana, sendo considerado sagrado em diversos grupos africanos e, aqui no Brasil, é consagrado em todos os grupos afrorreligiosos.
O Baobá, (adansonia Digitata) é uma árvore de onde tudo se aproveita. Um de seus mitos revela o quanto essa árvore se exprime de grande valor cultural e religioso.
Nesse sentido, o objetivo da escola é estimular a relação escola, comunidade e família no que concerne no tratamento da temática das relações étnico-raciais, fortalecer uma escola democrática e antirracista. Socializar os conteúdos de vivência e convivência, os saberes, o patrimônio material e imaterial inerentes aos valores civilizatórios afro-brasileiros.
Dessa forma vinculando-os à garantia de uma educação que valorize a diversidade cultural existente em nossa sociedade numa perspectiva ampla e inclusiva. É afirmar a identidade e a cultura negra no cotidiano escolar, se configurando como mais uma forma de luta e resistência perante o preconceito, o racismo e a intolerância, superando as injustiças cometidas ao longo da história da educação brasileira, com negação dos valores africanos e afro-brasileiros.
Para aguçar mais ainda a curiosidade dos estudantes a escola levou uma questão sobre uma árvore de grande porte, robusta e de destaque que aparecia no filme, onde todos disseram que viram, mas não a conheciam, não sabiam o nome, foi quando se solicitou que pesquisassem sobre o Baobá.
No segundo momento, cada estudante foi convidado para expor sua pesquisa, mostrando o que descobriram sobre o Baobá e aqueles que não conseguiram realizar a pesquisa, ficou a apresentação para outro momento.
Em outro dia os alunos foram visitar o Baobá na Praça da República, todos admiraram a enorme árvore que se destacava entre as muitas presentes na praça. Eles observaram o tronco no qual notaram nomes cravados, levando-os a compreenderem que era um motivo legítimo para que ninguém depredasse, preservando-a.
Uma aula prática onde podem perceber nesse ambiente durante algumas horas realizando estudos sobre o Baobá de forma interdisciplinar, como grandezas e medidas.
É preciso perceber, então, que o papel dos professores, nesse caso, é a construção de representações positivas das tradições afro-brasileiras. Procurando praticar uma educação igualitária e que respeita as diferenças, à diversidade, formando cidadãos capazes de exercer o exercício pleno da cidadania. Mostrando que a escola é fundamental no fortalecimento de uma educação antirracista.
Conforme Gomes (2010, p. 72)[11]:
"Maior conhecimento das nossas raízes africanas e da participação do povo negro na construção da sociedade brasileira haverá de nos ajudar na superação de mitos que discursam sobre a suposta indolência do africano escravizado e a visão desse como selvagem e incivilizado. Essa revisão histórica do nosso passado e o estudo da participação da população negra brasileira no presente poderão contribuir também na superação de preconceitos arraigados em nosso imaginário social e que tendem a tratar a cultura negra e africana com exóticas e/ou fadadas ao sofrimento e à miséria".
Nesse momento, os alunos sugeriram que fosse feito o nosso próprio Baobá. A ideia era desenhar um tronco que lembrasse o Baobá e as folhas seriam pintadas com o formato das mãos de cada criança. Foi uma prática a partir da explanação durante a palestra, pois seu nome científico é uma referência ao conjunto de suas cincos folhas que lembram os dedos de uma mão, o que ocorreu em outro momento, levando mais duas hora para sua realização. O resultado do trabalho, numa interdisciplinaridade com Artes, foi afixado em sala de aula onde fica a inspirar toda a turma. E com o livro "A Semente que veio da África" de Heloisa Pires Lima, realizamos mais uma atividade, que foi proposta para outro momento.
Pedagogicamente, as atividades realizadas até o momento aqui descritas, procuraram superar o preconceito existente sobre a África e a cultura afro-brasileira, iniciando um processo de formação de uma visão positiva a cerca dessa diversidade cultural que se encontra presente em nossa sociedade e, principalmente, em sala de aula, proporcionando mudanças significativas para a superação do preconceito e do racismo. É inverter a lógica do branqueamento de nossa sociedade, desconstruindo esse imaginário negativo do negro que foi sendo erguido em todo o nosso processo histórico e que ainda perdura em nosso cotidiano, "reabilitar os valores de suas civilizações destruídas e de suas culturas negadas" (MUNANGA, 2012, p. 20)[12], asseverar a importância de suas culturas.
Fonte:http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/baoba-vamos-cultivar-essa-semente-um-projeto-de-intervencao-pedagogica-no-contexto-das-relacoes-etnico-raciais-no-ambiente-escolar-6614535.html
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Artes e os Baobás



Nesta tela de  Thomas Baines um pintor, naturalista e explorador inglês. Nascido em King's Lynn , Norfolk, no Reino Unido,  podemos observar que o Baobá foi uma grande fonte de inspiração.

Árvore da haste gotosa, Adansonia Gregorii , 58 pés circunferência , perto de um riacho do sudeste de Stokes Range, Rio Victoria é uma imagem extraordinária de uma enorme árvore baobá - produzindo água. Estas árvores são nativas do noroeste da Austrália e são facilmente reconhecíveis por seus troncos inchados. A própria escala desta árvore , que domina o quadro , é ainda mais enfatizada pelas duas figuras em sua base . O artista retratou -se no lado direito inferior da pintura, sentado debaixo de um abrigo improvisado esboçar a cena.
Artista e explorador britânico Thomas Baines era um de um grupo de dezoito pessoas que formaram o Norte da Austrália Expedition festa 1855 . O objetivo da expedição era verificar a existência de recursos naturais para liquidação no noroeste da Austrália e para determinar se houve um rio para o interior ou para o mar . Sob o comando de Augusto Charles Gregory a expedição durou de agosto 1855 a novembro de 1856, o grupo chegar à foz do rio Victoria , na costa norte - oeste superior do Território do Norte em 15 de setembro de 1855 . Thomas Baines direcionou a sua pintura para retratos e paisagens. Atuou também como oficial pintor no exército britânico.

Thomas BAINES | árvore da haste gotosa, Adansonia Gregorii, 58 pés circunferência, perto de um riacho do sudeste de Stokes Range, Victoria River

Podemos comparar as tela de Thomas Baines com as de Caspar David Friedrich (1774-1840), desenhista, pintor, gravurista, escultor e paisagista alemão, expressava-se através de cores tristes como o violeta, o púrpura e o azul-marinho. Em seus trabalhos, predominam as paisagens escuras com sombras e poucas figuras.

Caspar David Friedrich. Marinha ,1822. Óleo sobre tela.

Caspar David Friedrich. Árvore e corvos, 1822. Óleo sobre tela

Outro pintor John Constable (1776-1837) Também pintava paisagens de lugares comuns, como os campos ingleses onde nasceu. Para ele a pintura de paisagem deveria ser pessoalmente observada e captar a perfeição dos efeitos naturais e puros. O céus em suas obras, apresenta uma grande variedade de nuvens, luzes, ventos e chuvas, sempre relacionado com os sentimentos e atmosfera emocional que queria conferir à representação.

John Constable. A carroça de feno, 1821. Óleo sobre tela.


Podemos observar que o mesmo acontece nas telas dos Baobá de Thomas Baines:
http://www.bbc.co.uk/arts/yourpaintings/paintings/a-baobab-near-the-bank-of-the-lue-87567

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Video sobre a arte Africana




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